09 setembro 2006

O padre Josito

Era praticamente um santo em vida, seguindo o sacerdócio pelos últimos 80 anos de sua vida. Eram atribuidos a ele algumas centenas de pseudo-milagres, desde a cura para o mal de alzeimer da sra. justina, até a ressucitação de miguelina, criança enferma de 12 anos e 14 semanas que havia sido diagnosticada com febre amarela.

Padre Josito, com seu carisma cativante

Rezava todos os domingos a missa campal para 14 mil pessoas, cerca de 2/3 da população da cidade de Justinópolis.
Cantava cantos gregorianos, era amigo pessoal do Papa Bento XVI, jogava poker com michael schumacher, dançava ragatanga com os meninos do br'oz. Um exemplo de pessoa.
E na véspera do carnaval de 2005, sob o som de "Festa no Apê", foi que a cidade veio a histeria coletiva. O padre Josito estava convalecente, e "não conseguiria escapar dessa vez", diziam os médicos. Pânico.
O falecimento foi inevitavel. A população de Justinópolis se mobilizou e em uma grande comitiva, foram seguindo rumo ao cemitério municipal da cidade. Sábado de carnaval, por volta das 18hs, seguia a comitiva. Ao passarem em frente ao buteco do Ivo, o inesperado ocorre.

Em grupo, as pessoas cantavam para o padre-santo

Maciel, um jovem de 32 anos, completamente bêbado, se volta para a multidão que canta músicas tristes, e grita com extrema vontade: "OLHA A MANGUEIRA AIIIII, GENTEEEEE!"
A rua foi tomada por uivos e xingos contra a pessoa de Maciel, que sem nada mais poder fazer, apenas observa: a santa, que estava sob o caixão, cai rapidamente sobre o chão. Ele avisou que, seguindo por aquele caminho, a mangueira estava com os galhos baixos, mas ninguém o entendeu.
Pobre Maciel.

Rafael R blefou, quando eram 3:14 PM